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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Inteligência Competitiva ou de Mercado. É a mesma coisa?

Alguém me perguntou se há diferença entre os termos Inteligência Competitiva e Inteligência de Mercado. A verdade é que surgiu uma série de termos associados à palavra inteligência e associados a certos tipos de atividades nas empresas. Os termos são muitos: Inteligência Competitiva, Inteligência de Mercado, Inteligência Econômica, Inteligência de Negócios (também se usam o termo em inglês, Business Intelligence, Inteligência Estratégica ou Monitoramento Estratégico.

Não se pode dizer se é a mesma coisa ou são coisas diferentes, de antemão, pois o que se nota é que as empresas prestadoras de serviços, adotam um ou outro nome, visando destacar seus serviços. Sendo assim, duas empresas diferentes podem usar o mesmo termo, mas com significados diferentes. O que passa a importar então, é como é definido o termo por quem o está usando, o que está por trás dos nomes. Ou seja, se uma empresa ou curso, disser que oference serviços ou treinamentos em Inteligência Competitiva, é preciso perguntar: “E o que vocês entendem por inteligência competitiva?” “Qual a abrangência do conceito que usam?” Alguns estarão mais focados no que Michael Porter chama de Inteligência do Competidor, olhando para o posicionamento da concorrência, clientes, fornecedores, enfim, as 5 forças de Porter. Outros vão mais além, buscando entender o ambiente competitivo de maneira mais abrangente. É o caso da abordagem que se vê muitas vezes chamada de Inteligência Estratégica, que busca entender não só o mercado, mas ir olhar de maneira mais ampla o ambiente competitivo. Leva em conta que este vai além do mercado, da concorrência, e do posicionamento atual. Mas como são termos genéricos, não importa o nome que se dê, tem que entender o que está por trás do nome que se está usando. De maneira geral, tem-se percebido cada vez mais que não é suficiente, como tenho destacado muitas vezes, ter a visão do tipo Porter e olhar somente o posicionamento atual da empresa que se está observando, e estar restrito ao mercado. É preciso ter uma visão mais ampla. Então independente de como se chame o serviço prestado ou o curso oferecido (Inteligência XXXX), cada vez mais tem-se falado em cenários prospectivos, visão de futuro, tendências e antecipação, não importa o termo que se use. No entanto, um aspecto que é alcança razoável consenso na área, é que os processos de inteligência, são processos que monitoram e apoiam a tomada de decisão a partir de informações que vem de fora da empresa, para dentro. Diferem-se dos processos que tratam informações que são geradas pela empresa e usadas por ela mesma ou das informações que são geradas pela empresa e enviadas para fora (ver artigo LESCA, H.; ALMEIDA, F. C. (1994) - Administração Estratégica da Informação. em http://www.vsbrasil.com.br/publicacoes.htm). O único termo que frequentemente tem sido usado para definir um processo distinto, é o termo Business Intelligence, que na verdade está mais preocupado, segundo a definição mais frequente, com modelagens de dados, estruturação de bases de dados, data mining, etc. (sugiro ver o programa no site http://www.fia.com.br/portalfia/Default.aspx?idPagina=7114, cujo tema Inteligência de Negócios é abordado pelo Prof. Sérgio Assis da FEA/USP).

Finalmente, eu diria que a discussão sobre os processos de inteligência é muito vasta e rica e não importa o nome que se use, ainda que seja o mesmo, diferentes aspectos interessantes podem estar por trás do termo e do que ele representa para quem o está usando. Nas postagens que fiz em 16 de fevereiro, extendo mais a discussão sobre Monitoramento Estratégico e Inteligência Econômica.

Fernando de Almeida