sexta-feira, 26 de março de 2010

Minha empresa está ou não preparada para tratamento de sinais fracos?

Essa foi uma das questões que coloquei no blog e em uma pequena pesquisa que fiz. A resposta das empresas respondentes, mostra que consideram não estar preparadas e portanto, não tem em andamento esta iniciativa na empresa. Esta questão foi bastante debatida em minha última aula no curso de pós, Administração de Informação e Inteligência da Empresa. Meu ponto, que coloco em discussão, é que não existe momento melhor para iniciar tal processo que não imediatamente. Não penso que exista uma preparação prévia para que as empresas comecem a tratar o assunto. Tratar de sinais fracos.

Discutimos sobre maturidade da empresa com relação a IC. Um participante do curso entendia que primeiro deve-se começar com um processo mais operacional de coleta de dados, de mapeamento do mercado, da concorrência, análises quantitativas e relatórios decorrentes para suprir a demanda que muitas vezes está latente na empresa ou insuficientemente suprida. Os executivos sentem que não tem informação suficiente do mercado. Vêem então uma área de IC como tábua de salvação para suas necessidades básicas de informação de mercado.

Isto quer dizer que o monitoramento de movimentos estratégicos no ambiente competitivo deve esperar, porque não está preparada para fazer agora? Ou deveria colocar isso como uma prioridade, para não ser surpreendida por movimentos do mercado? Se a empresa não tem um processo de inteligência antecipativa até hoje deve provavelmente ter sido surpreendida algumas vezes por movimentos seja da concorrência, do cliente ou outros que poderiam ter sido antecipados dentro de um processo estruturado. Tal tipo de processo é algo que se pode deixar para depois?

Na minha visão a empresa deveria dar prioridade a esses processos. Não é possível que uma media ou grande empresa já não tenha um mínimo de informação de mercado. Que ainda precise buscar estar mais preparada com relação a informações de como está o mercado hoje. Entender suficientemente sobre onde o concorrente se encontra e o que faz para então tentar entender como será o mercado amanhã (pode ser na semana que vem, o que já é tarde, é reativo), ou o que o corrente, cliente e outros agentes está preparando para fazer e gerará um impacto na atividade da empresa.

Então entendo que a empresa sempre está preparada para este tipo de processo. E nunca estará suficientemente suprida de informações de posicionamento atual do concorrente no mercado e não pode esperar que isso ocorra para se preocupar em analisar informações estratégicas e antecipativas.

Essa história de estar preparado para tratar sinais fracos, parece aquela do pessoal de informática que estava sempre querendo primeiro fazer um bom banco de dados, bem estruturado, bem organizado, para depois então começar a fornecer informação gerancial para o corpo executivo. Enquanto isso o mundo vai rodando e as oportunidades de tomada de decisão eficaz vão passando...