quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nova rodada de cursos da ADVS/Academy of CI

No próximo dia 15 de outubro começa a nova turma do curso para Certificação Competitive Intelligence Professional da Academy of CI. Começa com o curso de Fontes de Coleta e Técnicas de Análise ministrado pelo Edson Ito. Ele explora em particular um case de coleta em uma feira profissional onde os alunos exercitam as técnicas de coleta de informações em fontes humanas. Teoria e prática. Bastante dinâmico como todos os cursos da Academy. Serão 5 cursos do CIP-I que ocorrerão 5 sábados seguidos. Não é preciso fazer todos os cursos caso nem todos os temas interessem ao participante. Mas fazendo os 5 cursos tem a vantagem de poder prestar o exame de Certificação Internacional.


Os 5 cursos são os seguintes:

Lista de Cursos

Cursos com Certificação Competitive Intelligence Professional (CIP™) - Academy of CI

Fundamentos - Nível CIP™ - I de certificação

  São Paulo Belo Horizonte Cursos 2012 Horário
Fontes de Inteligência e Técnicas de Coleta
Encontre maneiras criativas e comprovadas para desenvolver o processo de inteligência sobre seus concorrentes e mercado. Aprenda técnicas éticas de obtenção de informação a campo. >>Saiba mais.
15/Outubro 24/Novembro Fevereiro 8:30-17:00
Benchmarking Competitivo e Análise Tática
Aprenda métodos práticos para analisar e prever ameaças competitivas. >>Saiba mais.
22/Outubro 25/Novembro Fevereiro 8:30-17:00
Análise de Pontos Cegos (Competitive Blindspots)
Identifique vulnerabilidades estratégicas de seus concorrentes e seus movimentos mais prováveis. >>Saiba mais.
29/Outubro 01/Dezembro Fevereiro 8:30-17:00
Análise Cross-Competitor
Antecipe de maneira simplificada o movimento dos concorrentes quando vários competidores estão envolvidos. >>Saiba mais.
05/Novembro 02/Dezembro Fevereiro 8:30-17:00
Criação e implantação de Operação de Inteligência
de Classe Mundial
Aprenda o que é preciso para desenvolver e executar uma operação de inteligência de padrão classe mundial. >>Saiba mais.
12/Novembro 30/Novembro Fevereiro 8:30-17:00



Eles vão ocorrer também em BH em novembro e dezembro. Um dia inteiro de curso cada vez.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cenários Prospectivos - Evento SCIP

Transcrevo abaixo, a matéria publicada no portal Meta Análise sobre Cenários Prospectivos que saiu hoje:


SCIP Brasil discute prospecção estratégica e se prepara para evento internacional.
A SCIP Brasil, capítulo da SCIP Internacional (Strategic and Competitive Intelligence Professionals), com apoio da ADVS Brasil, realizou na sede da FIPE, em São Paulo, o 2º Encontro SCIP Brasil 2011. Com o tema “Cenários Prospectivos em Tempos de Incertezas”, o objetivo foi discutir os conceitos e aplicações práticas dos cenários na atual conjuntura econômica, em que boa parte das empresas enfrentam dúvidas sobre os melhores investimentos a médio e longo prazo.
O Encontro serviu também como aquecimento para o 3º SCIP Latin America Competitive Intelligence Summit, evento a ser realizado em outubro pela SCIP e que discutirá a Inteligência Competitiva e estratégica nos países emergentes, que ainda engatinham na aplicação desses conceitos. Palestraram no evento o principal do escritório brasileiro da Strategos, Denis Balaguer, e o especialista em planejamento estratégico e financeiro Fernando Cortezi.
Balaguer, que possui uma longa experiência em aplicação de cenários na Embraer, estatal brasileira de aviação, focou sua palestra nos conceitos de prospecção e no desenvolvimento de cenários. Segundo ele, o homem sempre teve a necessidade de antecipar os acontecimentos futuros e, de alguma forma, prever o futuro. No entanto, “as coisas costumam dar errado”.
O problema para as empresas, ainda mais em tempos de crise internacional, é saber o que fazer e como investir. Para isso, explica Balaguer, é preciso conhecer quem será o consumidor do futuro, além dos requisitos do mercado, as tecnologias que estarão disponíveis, as condições econômicas e o panorama social e político. “Quanto mais longe e mais distante no tempo, mais difícil fazer uma previsão acurada”, diz.
Segundo o executivo, levando em conta tantas variáveis é necessário ao responsável pela prospecção de cenários assumir que, qualquer que seja sua previsão, ela pode estar errada. “O critério de sucesso do nosso trabalho não é o acerto, mas sim o conforto do gestor na hora de tomar suas decisões”, explica. Assim, os cenários prospectivos partem da ideia de prever o futuro a partir de possibilidades.
O principal da Strategos Brasil também deu dicas para a formulação de cenários pelos profissionais de Inteligência. “Descubra o que é sucesso para seu decisor, para saber o que ele espera de você, comunique-se com ele de forma clara e desenvolva ao menos quatro cenários simples, pois esse número força uma decisão. Além disso, nunca elimine eventos extremos dos seus cenários, pois eles acontecem, e quando acontecerem é melhor que sua empresa esteja preparada.” Balaguer também ressaltou a importância de gerir as expectativas dos gestores por resultados e não desistir do trabalho, apesar das críticas. “Essas coisas demoram, não adianta esperar mágicas”, aconselha.
Fernando Cortezi falou, durante o Encontro, do uso de cenários prospectivos na Shell, empresa petrolífera multinacional na qual trabalhou na área de Inteligência. Segundo o especialista, assim como ocorreu na gigante de óleo e gás, é melhor começar a utilização de cenários para áreas específicas, como o setor de tecnologia, por exemplo.
O melhor momento para começar a usar cenários, diz Cortezi, é quando a demanda parte do topo da organização. “Dificilmente se consegue fazer uso realmente efetivo dos cenários quando a iniciativa parte de baixo para cima”, diz. Mesmo porque, explica ele, é necessário que haja um grande patrocinador da iniciativa na empresa, além de um networking interno e externo poderoso, para a coleta de informações importantes na hora da formulação dos cenários. “O papel da prospectiva não é acertar, mas embasar as decisões. Para isso, é necessário entender o problema e ter os dados necessários”, finalizou

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Evento SCIP 2 de setembro

Estou com grande expectativa com o evento da SCIP de 2 de setembro na Fipe. Cenários prospectivos com Denis Balaguer e Fernando Cortezi (professor da ADVS/Academy of CI).

Lotação esgotada.

domingo, 10 de julho de 2011

Técnicas de Coleta, Benchmarking e análise tática

O Edson Ito é o mestre das artes de coleta em fontes primárias e secundárias. Ontem concluiu o seu segundo curso no programa da Academy of CI / SCIP que a ADVS Brasil trouxe para cá. Eu achei muito bom. Posso ser suspeito, mas se não fosse bom, ficava calado. Foi a primeira vez que ele deu especificamente este curso. Mas como já está acostumado com o tema e com aulas sobre o assunto que tem dado em outras ocasiões, no MBA Fipe por exemplo, não teve dificuldades.

Teve o desafio de lidar com um material denso, muitos cases. Aliás essa é uma característica dos cursos da Academy. Muito conteúdo para ler antes e para revisar depois. Se o participante se limitar a trabalhar apenas durante a aula, perde muito. Tem que ler muita coisa ante e rever tudo depois da aula, para ter um máximo de aproveitamento.

Foi bem bacana. Na semana passada, no curso de Fontes de Inteligência e Técnicas de Coleta, explorou um case sobre o setor de sorvetes, onde os alunos participaram de uma feira de eventos para coletar informações.

Ontem, no curso de Bechmarking e Análise Tática, explorou cases de coleta e análise competitiva. Um explorava a indetificação de possiveis fusões de empresas, outro análise de perfil de executivos em um case sobre cartão de crédito e um terceiro sobre análise de custos de uma indústria.

A última aula, que será em 13 de agosto, falarei sobre análise quando temos um grande número de concorrentes a analisar.

Tem sido uma experiência muito boa.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Resultado do curso de Certificação ADVS/Academy of CI

Entrou no ar neste sábado passado o programa de Certificação ADVS/Academy of CI, CIP™ - I. Dei a primeira aula do curso, Análise de Pontos Cegos. O resultado foi excelente, ao menos do ponto de vista de quem assistiu. O professor é bom, é verdade (eu!), mas o curso em termos de conteúdo é realmente muito interessante e conquistou os participantes. Este dia, criado pelo Mestre Ben Gilad está muito bem estruturado. Foi uma experiência de curso rara para os participantes, usando abordagens que não costumam ser utilizadas por aqui. Tinha lição de casa prévia ao curso. Felizmente todos se comprometeram e fizeram a lição de casa, preparação para o curso e considero que a discussão foi de altíssimo nível. Que bom.

Agora seguem os outros 4 tópicos, um a cada sábado. Quem não fez um pode fazer os outros, são independentes:


Fontes de Inteligência e
Técnicas de Coleta - 2 de julho com o Edson Ito - Presidente da SCIP Brasil

Benchmarking Competitivo - 9 de julho - Edson Ito

Pontos Cegos (Competitive Blindspots) - já foi. A próxima turma é em novembro

Análise Cross-Competitor - 18 de junho - Fernando de Almeida

Criação e implantação de Operação de Inteligência de Classe Mundial - Adrian Alvarez - Board SCIP LA, Portugal, Espanha e Itália


Este é um programa que foi criado em Boston pelo Ben Gilad, Leonard Fuld e Jan Herring e que agora é a única instituição a oferecer cursos em nome da SCIP - Strategic and Competitive Intelligence Professionals (mais detalhes no texto de 24 de março: http://advisorinteligente.blogspot.com/2011/03/scip-e-aci-unem-forcas-e-aprimoram.html).

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Como escolher um curso de Inteligência Competitiva

Hoje conversando com uma pessoa interessada em fazer curso de inteligência competitiva, mostrou-se angustiada com a quantidade de ofertas de cursos que tem por aí. E perguntou: Como escolho um curso de inteligência. Bom, é claro que ao falar comigo eu recomendei que fizesse o curso da ADVS/Academy e disse porque.

Mas nem todo mundo sabe por onde começar. Muitos cursos tem pegado carona no termo inteligência competitiva e propoem as vezes os mais absurdos assuntos. As vezes até assuntos interessantes. Mas que nada tem a ver com processos de inteligência.

Tem por exemplo um MBA em outra cidade que fala de gestão da qualidade

Tem outro que fala muito de tecnologia de informática, mas pouco sobre o que tem a ver com inteligência

E assim vai. Mas para quem ouviu falar do termo inteligência mas não sabe o que é, por onde começar? Em última instância sugeri as seguintes abordagens:

Olhar o curriculo de quem está oferecendo o curso e se perguntar:
1. Veja qual a formação do ou dos instrutores. Tem formação sólida na área? Seu perfil de atuação está centrado em que? Em inteligencia competiva, estratégia ou em áreas que não tem nada a ver com isto? De onde vem sua experiência? Tem formação academica na área ou experiência em atividades de inteligência em empresas? Qual o perfil do instrutor se adequa com o que almeja em termos de formação? Se for alguém com experiência em pesquisa de mercado e o que você procura é inteligência e estratégia, acho que não vai achar seu caminho. Se o instrutor foca muito em BI e tecnologia de informática, vai ter um curso com este viés.
2. Entre no grupo SCIP Brazil do linkedIn. Tem discussões interessantes com pessoas da área que darão dicas para você, diretamente, se perguntar, ou indiretamente através das discussões que aparecem.

Mas realmente não é fácil separar o joio do trigo. Me me envolvi com o programa da Academy e trouxe ele para o Brasil por acreditar que é o que tem de melhor na área. Conheci o Ben Gilad que um sujeito interessantíssimo, fui até Boston, segui os cursos lá e trouxe eles para cá na mala! Se não tivesse achado eles excelentes, não teria perdido mais tempo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quem é você, profissional de inteligência? Você é o maestro

Um profissional de Inteligência que quer gerar valor real para a empresa é o gestor de um processo, não é um mero processador de dados, defende Fernando de Almeida, especialista em Inteligência Estratégica.

Que papel tem um profissional de inteligência na empresa? Muitos dos profissionais hoje ditos de inteligência, com funções específicas na empresa, são contratados porque alguém, um executivo mais graduado, precisa de informação do mercado. Muitos já contrataram esse profissional. E é isso que você, profissional de inteligência, procura fazer.

Então assim é seu dia a dia:

Contrata serviços de empresas que fornecem dados de mercado, claro não pode gerar tudo dentro de casa, tem que terceirizar. Cria processos de coleta de informações primárias sobre o mercado e sobre a concorrência. Excelente. Entendeu que as informações de fontes primárias são as mais quentes, permitem saber cedo o que está acontecendo na concorrência e antecipar seus movimentos. Mas não só, cria processos de coleta que trazem informações detalhadas sobre posição da concorrência, onde estão, o que estão vendendo, quais mercados, com que produtos. A empresa poderá combatê-los pois já sabe exatamente onde estão. E custou caro saber destas informações. Contratou consultoria, comprou software, daqueles que monitoram tudo na internet, softwares de busca (não só Google. Melhor ainda.), softwares que trazem informações bem focadas, ou mesmo organiza bancos de dados das informações da concorrência, deste ou daquele outro player, em árvore, com palavras chave, meta dados, entre outros. Tem muita tecnologia de informação e softwares de tratamento de dados para ajudar. Sabe então tudo sobre a concorrência. Onde está, com que produtos, a que preços, para quem vende, em que mercados.

Já está se vendo aí? Ou está sonhando pois não conseguiu isto ainda e era justamente o que queria? Bom, mas não para por aí. Tem que “entregar inteligência” para o gestor, para o tomador de decisão. Então os sistemas geram relatórios, você cruza informações, gera relatórios, que comparam as coisas, mostram tendências, claro, criou um banco de dados completo sobre a concorrência, sobre o mercado. É só olhar o que aconteceu até agora e projetar. Mas não, dirão os especialistas, você não vai entregar relatórios com informações ao corpo gestor. Ouviu isso no último evento de inteligência, aprendeu isso no último curso que fez, e aplicou. Tem que entregar inteligência, disseram. Ah... Então você tem que analisar os relatórios, você é um bom analista. Então cruza as informações compara, faz gráficos, analisa. Você tira conclusões importantes. Ótimo. Entendeu mesmo. E agora? Faz um relatório de análise. Uma, duas páginas, não mais. “Não pode ser um extenso relatório, senão o executivo não lê”, disse o professor no curso. Você manda para a frente. Fez seu trabalho. Fica orgulhoso, com razão. Juntou informações de fontes primárias com informações de fontes secundárias, o relatório ficou mais rico. Trouxe perspectivas importantes. Você sabe e entende que acontece e o que vai acontecer. Sua área é a área de inteligência. Extremamente competente em buscar informação no ambiente e retratar o que acontece no mercado. Bom, você que não tem tudo isto, não está com inveja? Bom, mas agora você manda o relatório para a frente, ou vai para uma reunião com o corpo gestor, mais graduado ou menos dentro da hierarquia de sua empresa. Se você tem sorte ou é competente ou foi contratado para isso, está ligado à alta administração.

Passa o relatório para eles ou, se está mais bem posicionado, conversa com eles e mostra tudo o que acontece, explica. Senão faz uma apresentação. Muitos slides. Uns 100 talvez. E vamos lá. E o que acontece? Não o que você esperava. Ignoram o que você trouxe, ou olham desconfiados. “O que significa isto? De onde vem esta informação? De onde você concluiu isso? Quero saber mais. Não tem certeza? Vá investigar melhor.” Dez minutos para apresentar, no espaço que a diretoria deu na reunião. “Mas é muito pouco tempo!” Passas as transparências voando. Com mais ou menos segurança, dependendo de quão você está acostumado com o processo. “O que será então que vai acontecer? Entenderam?” Não, não. Não é assim que acontece. Você tem acesso direto ao diretor, mostra suas análises para ele. Ele ouve, questiona. Algumas perguntas são respondidas, outras você não tem respostas. Normal. Volta para sua baia e continua sua rotina.

Bom, ninguém fica frustrado, você também não. Mas as decisões tomadas, muito ignoram o que você analisou. Você fez sugestões e foi ignorado. Bom, mas você se pergunta: tanto trabalho, tanto recurso gasto. Consultoria, software, gente coletando, analisando gerando “inteligência” e é só isso que se faz com tudo o que foi feito, coletado, analisado, tratado? Você acaba saindo da empresa, para uma outra melhor, que entende o que você faz. E o que acontece com o processo na empresa antiga? Morrrrrre. Ninguém mais usa aqueles relatórios que fez, o processo caiu no esquecimento. “Também, eles não entendiam o que eu fazia”.

Mas como deveria ser seu dia a dia?

Onde está o problema? Não é seu o problema, profissional de inteligência. Foi para isso que te contrataram. Não te contrataram para pensar, mas para organizar dados e gerar relatórios. Você se esforça e faz mais. Mas não te ouvem. Te acham às vezes arrogante. “Área de inteligência. O resto da empresa é o que se eles são os inteligentes?” Ou “não entendo o que os caras fazem. Tanto recurso e o que geram?” Ou você seguiu o caminho certo das expectativas, a empresa contratou a consultoria certa e gera relatórios e análises que dão segurança à empresa e tiram uma fotografia excelente do mercado que permite à empresa saber onde está e onde está o concorrente. Amanhã, o que ele vai fazer? Amanhã é outro dia. Quem sabe seguem a tendência que vem seguindo do passado, e você então pode confiar nos gráficos que gerou.

Mas não é isso que penso para o seu futuro, para o futuro do profissional de inteligência. A descrição que fiz, mostra um profissional de inteligência como um processador de dados. Uma máquina de moer carne! Moer dados. Você precisa mudar. Um profissional de inteligência que quer gerar valor real para a empresa, é um gestor de um processo, não é um processador de dados. Inteligência é um processo onde participam pessoas, que olham o ambiente competitivo e criam perspectivas e procuram olhar para a frente para entender o que está por vir. E deve considerar existem várias pessoas no processo com papéis distintos. Quem busca informação, quem interpreta, analisa e quem toma decisão. Quem toma decisão faz parte do processo de inteligência! Não fica esperando chegar o relatório de inteligência. Mas participa. Quem é você? Não é um processador de dados. É um coordenador do processo (ou espero que venha a ser). Um gestor de inteligência e de informação, que rege o processo, que gere pessoas e o processo que transforma informação em inteligência. Você é o ponto focal de um processo. Você não toma decisão, você analisa informação, mas você viabiliza ao gestor a informação que lhe permite entender o que acontece e tomar uma decisão informada sobre uma perspectiva que ele compreende e percebe sobre a concorrência, sobre o ambiente competitivo. Você? É um coach dos seus executivos, usuários, gerência ou alta administração. Traz para ele informação, ou para eles e os ajuda a entender o que está acontecendo, ou melhor a tomar decisão sobre o que você os leva a entender a partir do que observou, coletou, entendeu.

Em suma:

1. o usuário da informação, tomador de decisão, qualquer que seja o nível hierárquico, tem que estar integrado no processo e não um receptáculo para suas análises. Ele vai ignorá-las, pois não entende sua perspectiva. Não é a dele. Você tem que ajudá-lo a criar a dele para que tome a decisão que ele percebe ter que tomar. O futuro não existe (se não concorda leia o livro “As 3 Leis do Desempenho, de Dave Logan e traduzido por André Litmanowicz, Editora Primavera Editorial, 2009). Mas você o ajudou a ter esta perspectiva. 2. Você é o coach do seu, ou seus tomadores de decisão. Você leva até ele o resultado de um processo que começou na coleta de informações, dados e que o ajuda a entender o ambiente competitivo, o que está por vir, antecipar e decidir. Ajuda-os a pensar e decidir, trocar idéias e conhecimento. 3. Você é um gestor do processo, você rege o processo, você interage com as pessoas, você faz com que elas lhe tragam informação, que lhe tragam sua interpretação sobre o que observam, você auxilia para que a informação flua, para que no final de tudo as decisões mais eficazes e resultados para o negócio sejam obtidos.

Como um maestro:

Você não toca a música, não toca nenhum instrumento na orquestra. Mas coordena a execução para que o resultado final do seu processo, seja alcançado. E que as melhores decisões sejam tomadas. Estou usando figuras de linguagem. Você, quero dizer a área de inteligência, trabalha os dados, faz coleta, ajuda a fazer coleta, pois você não tem acesso a todas as informações do mercado. Precisa das pontas, dos executivos comerciais, das pessoas que tocam as outras atividades, compras, RH, produção, etc. que vão ajudá-lo a escanear o ambiente a procurar informações antecipativas, de sinais de mudança. Você é o responsável pelo fluxo de informação e de sua gestão.

Entenda, inteligência competitiva não está nos dados, não está nos bancos de dados, não está nos sistemas de informática, não está em relatórios. Está no processo, nas pessoas. Um processo que envolve pessoas, que administra informação e gera apoio à decisão. E você tem liderar esse processo!

Bom, mas se você não é o profissional de inteligência, mas é o executivo que toma decisão, precisa entender o papel que tem sua área de inteligência, do pessoal que contratou, ou pretende contratar, para ter um processo que realmente lhe viabilize inteligência.

Publicado em: http://www.metaanalise.com.br/inteligenciademercado/ na sessão Ponto de Vista em 7 de abril de 2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

War Game - Teoria e prática - SCIP/Academy Certificate CIP™

War Game - SCIP - ACI - Certificação Internacional em Inteligência Competitiva

http://conta.cc/e01sZr

Aprenda a conduzir um War Game de sucesso

O objetivo imediato de um War Game é antecipar movimentos competitivos em um setor de indústria e identificar o melhor conjunto de ações a implementar. O mais importante é mudar o foco gerencial de dentro para fora da empresa.

Um War Game é uma batalha entre equipes que representam diversos competidores no setor.

No primeiro dia de curso é apresentado o framework para análise do setor, avaliando a posição estratégica da empresa e prevendo vulnerabilidades dos concorrentes.

O segundo dia é dedicado à batalha analítica entre equipes e é concluído com cenários mais prováveis dos concorrentes e formação de recomendações de ações específica.


http://conta.cc/e01sZr


quinta-feira, 24 de março de 2011

SCIP e ACI unem forças e aprimoram ainda mais a certificação em Inteligência Competitiva no mundo

Uma joint venture entre a SCIP e a Academy of Competitive Intelligence, as maiores organizações de treinamento em inteligência competitiva no mundo, avançam os padrões da profissão nesse campo relativamente novo nas empresas através do programa de certificação de qualidade.

No Brasil, a Academy of Competitive Intelligence é representada

pela ADVS Brasil, exclusiva na oferta de seus programas de

certificação no país.

A Sociedade de Profissionais de Inteligência Competitiva e Estratégica (SCIP) e a Fuld-Gilad-Herring Academy of Competitive Intelligence LLC (ACI) – representada no Brasil pela ADVS Brasil - acabam de anunciar uma nova joint venture que tem como objetivo avançar ainda mais o nível do treinamento profissional em todo o mundo com o fornecimento de um programa de certificação acreditado pela ACI (CIP™), e disponibilizando-o para os profissionais de negócios globalmente.

Um programa bem construído de inteligência competitiva melhora a capacidade dos gerentes e executivos seniores em gerenciar riscos da indústria, responder aos primeiros sinais de mudança, ultrapassar ameaças competitivas, e antecipar as oportunidades de mercado para sustentar ou ganhar vantagem competitiva. A vantagem competitiva engloba as praticas da concorrência, como: marketing, tecnologia, finanças, e inteligência estratégica.

Nomeado de "SCIP CIP™ Conferred by ACI," o programa de certificação será ensinado por membros da ACI e profissionais acreditados pelos cursos da ACI (a ACI é acreditada pela Associação Internacional de Educação e Treinamento Continuado). Essa nova joint venture atenderá corporações globais em sua necessidade crescente de habilidades de alta qualidade na área de competitividade, enquanto suas empresas vivenciam ambientes cada vez mais competitivos e em constante mutação. A SCIP pode agora fornecer sua audiência global com conteúdo do programa de certificação mais admirado mundialmente, fazendo com que os participantes avancem em suas carreiras e aprimorem a profundidade e a abrangência da profissão de inteligência competitiva.

Scott Leeb, funcionário da Prudential Retirement, e formado pelo programa da ACI, estando atualmente no Conselho de Diretores da SCIP, comentou: “essa fusão beneficia todos os membros com a educação e a certificação de melhor qualidade possível aos nossos participantes”.

Ken Garrison, CEO da SCIP, disse: “Nos últimos dois anos, a SCIP expandiu sua presença global com conferências na Europa, na América Latina e na Ásia. Também temos uma rede global em crescimento, com grupos afiliados. Agora, temos a capacidade de oferecer um programa de certificação conhecido mundialmente para nossos membros e gerentes de nível sênior nos quatro cantos do mundo".

De acordo com Leonard Fuld, Chairman da ACI, a Inteligência Competitiva tornou-se parte do mundo corporativo, porém as habilidades e os padrões variam muito. “Com essa união, tanto a Academy quanto a SCIP podem ajudam a estabelecer os padrões da indústria e aumentar a qualidade da profissão em qualquer empresa no mundo".

Para finalizar, Ben Gilad, president da Academy, resumiu: “Pode ser que você não precise de um Certificado SCIP para ser um analista brilhante, porém, com ele, todos saberão que você é uma estrela”.

No Brasil, os fundamentos do nível 1 de Certificação começam a ser ministrados em duas oportunidades distintas 2 a 6 de maio e 7 a 11 de novembro de 2011 das 8.30h as 17.00h. Para maiores informações sobre o curso, acesse: http://www.vsbrasil.com.br/cursos.asp.

Palestra ministrada pela ADVS Brasil aborda Inteligência Estratégica

Encontro aconteceu no dia 22 de março, em São Paulo,

e teve mais de 70 pessoas presentes.

Antecipar movimentos da concorrência, avaliar estratégias de introdução de novos produtos, identificar oportunidades para avançar em novos mercados, esse é o objetivo da Inteligência Estratégica, utilizada pelas melhores empresas em todo o mundo para otimizar seus negócios. E para abordar o tema, a ADVS Brasil e a Academy of Competitive Intelligence, com o apoio da Fipe, realizaram uma palestra presencial gratuita no dia 22 de março, em São Paulo.

O encontro foi dividido em três partes. Na primeira foi discutida a coleta de informações em fontes primárias, falando sobre estratégias de obtenção da informação. Edson Ito, presidente da SCIP Brasil e especialista em coleta de informações em fontes humanas, falou sobre Inteligência Estratégica como um processo detalhado para obter e utilizar, da melhor forma possível, as informações mais relevantes sobre o mercado. O especialista explicou os ciclos de Inteligência e as algumas das formas de coleta em fontes humanas internas e externas e em fontes secundárias (como clipping e pesquisa na internet).

Na segunda parte do encontro, o assunto abordado foi a existência de diferentes modelos de Inteligência Competitiva e o que cada um pode trazer à empresa. Guillaume Sarrazin, consultor francês especialista em Inteligência Estratégica, esteve no Brasil somente essa semana e falou sobre os pilares metodológicos da Inteligência Estratégica, bem como sobre os diferentes processos para sua utilização. Sarrazim mostrou como monitorar o mercado e ao mesmo tempo proteger as informações das empresas, explicando as influências diretas de determinadas informações coletadas e como gerí-las da melhor forma. O consultor explicou também como devem ser utilizados os sinais fortes (reportagens, por exemplo), e especialmente, os sinais fracos (boatos, conversas informais) como forma de antecipar o concorrente.

Por último, teve a palavra Frédéric Donier. O especialista focou na Gestão da Mudança, falando sobre as diferenças entre a Gestão 1.0, aplicada até hoje em algumas empresas, e a Gestão 2.0, mais dinâmica, em rede, valorizando a autonomia dos funcionários e aceitando mudanças rápidas. Frédéric explicou que, atualmente, a complexidade do cotidiano de uma empresa tem que ser gerenciada com objetivo de preparar o futuro e que por isso a Inteligência Estratégica, gerando a antecipação dos movimentos do mercado, é tão importante. Para ele, hoje é necessário haver um processo de Inteligência Coletiva, abrangendo presente e futuro, contando com uma equipe extremamente colaborativa e uma liderança apropriada.


"A atividade de Inteligência Estratégica nas empresas tem aumentando consideravelmente nos últimos anos em função do aumento das pressões sobre as empresas, incertezas e do ambiente competitivo com níveis de turbulência crescentes. Por este motivo, a demanda por profissionais da área tem crescido, bem como seus salários”, explicou Fernando de Almeida, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA) e organizador da palestra. “Essa palestra visou discutir aspectos fundamentais da atividade abordando práticas de busca e análise de informação do ambiente competitivo."

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Inteligência Econômica a serviço do país

Ontem publiquei um texto no portal Meta Análise que reproduzo a seguir. Falo sobre o conceito/prática de inteligência econômica. O mundo árabe está em movimento. Grandes oportunidades podem surgir com as mudanças. Requer acompanhar e antecipar.

Os últimos eventos nos países árabes são oportunos para falar um pouco do conceito de Inteligência Econômica. Qual o contexto? Seguida à imolação do jovem tunisiano Mohammed Bouazizi que ateou fogo ao próprio corpo no dia em que o impediram de exercer sua atividade de vendedor abulante, protestos populares forçaram a saída do então presidente Ben Ali.

Drástico, rápido e inesperado. Inesperado? Ao menos um governo aparentemente antecipou esta saída. Declarações do serviço diplomático dos EUA destacavam sua inquietação quanto ao governo de Ben Ali. O governo americano posicionava-se a favor da população tunisiana. Ben Ali deixou a presidência da Tunísia dias depois. É possível imaginar que o governo americano estivesse apoiado por um adequado serviço de Inteligência Econômica que lhe fornecesse informação e conhecimento que permitiria antecipar eventos e consequências políticas e sociais na Tunísia. Não teria sido prudente se posicionar contra o governo se não estivesse antecipando os acontecimento.

Segundo Michaelle Aviguel da Frankfurter Allgemeine Zeitung, Hillary Clinton, desde o início dos confrontos populares com o regime do ex-presidente, colocou-se em uma posição firme de critica ao regime autoritário. É de se supor que estivesse bem informada sobre o que iria acontecer. E o governo de Ben Ali caiu.

O que significa Inteligência Econômica? Alain Juillet, ex-responsável por Inteligência Econômica do Governo francês, definiu assim: “Consiste no domínio e na proteção de informação estratégica para todo agente econômico. Tem a tripla finalidade a competitividade da malha industrial [do país], a segurança da economia e das empresas e fortalecimento da influência do nosso país [da França no caso]”.

Ainda segundo Alain Juillet, é uma resposta cultural e operacional às questões ligadas à globalização e à sociedade da informação.

Mas nem sempre os governos estão bem amparados por um serviço eficaz de Inteligência Econômica. O muro de Berlim caiu em 1989 e ninguém previu. Nenhum governo se antecipou.

No caso da Tunísia, a postura firme americana antes da saída de Ben Ali contrastou, segundo o jornalista Phillippe Meyer da France Culture, com a de alguns governos do velho continente que não viram chegar as mudanças e ficaram perplexos e com postura desorientada em relação à saída do ex-presidente. Certa autoridade de governo, segundo Phillippe Meyer, dias antes de sua saída, chegara a afirmar que o que se dizia do regime de Ben Ali era muito exagerado. Claramente alguns governos foram pegos de surpresa com sua saída.

Vê-se a diferença entre um governo bem suportado por um processo de Inteligência Econômica que monitora o ambiente internacional e antecipa movimentos que podem gerar prejuízos e também oportunidades ao país e um governo que se mantêm ignorando os sinais de mudança, continuando a agir como se os movimentos não estivessem acontecendo.

Evidentemente, é muito delicado um governo dar apoio ou ir contra um governo estrangeiro. Tem consequências políticas e econômicas evidentes. Da mesma maneira, os EUA assumiram uma postura clara, pressionando, no caso do Egito, reformas, que não julgavam suficientes (Le Monde 9, fevereiro de 2011). São posturas também possivelmente bem apoiadas por um serviço de Inteligência Econômica.

É verdade que o serviço de Inteligência dos EUA nem sempre obteve o sucesso que gostaria, como no caso do triste atentado contra o World Trade Center em 2001, que pegou todos de surpresa. Apesar de existirem informações a respeito (segundo publicou Nicolas Lesca, pesquisador da Universidade de Grenoble em 2002), faltou capacidade de interpretação dos sinais.

“O problema de monitoramento, isto é, a coleta, análise e difusão de informação publicada ou informal, está no centro de um dispositivo de IE”, segundo Alain Juillet. Trata-se de utilizar de maneira ética e legal informação disponível a serviço de governos, Estados, comunidades locais. A serviço destes e de seus agentes econômicos, empresas, sociedade.

A IE tem como objetivo adquirir e proteger informação e de exercer influência. No último caso, influência política e econômica, por exemplo, de apoio ao desenvolvimento e conquista de mercados pelas empresas às quais a IE está a serviço, ajudar na introdução de normas, valores e idéias gerais favoráveis ao país em questão.

Nos últimos anos, na França a discussão sobre inteligência econômica tem ganhado espaço. A ADVS França colocou em seu site alguns textos a respeito do conceito. Difere um pouco do escopo da inteligência competitiva, estratégica, uma vez que envolve ações de inteligência por parte do Estado, com o objetivo de antecipar movimentos externos que possam influenciar as ações de seu país, de suas empresas. É importante ficar claro também que a discussão sobre inteligência econômica, tanto quanto a inteligência competitiva e estratégica deve-se pautar por princípios éticos de uso de informação pública disponível.

Como sempre e como no caso da Tunísia ou do Egito, a informação esteve sempre disponível e muito se destacou a importância das ferramentas de redes sociais no processo que circulou publicamente as informações sobre os movimentos e sua evolução. Como aproveitar esta informação pública é que é o desafio de quem faz Inteligência.


Fernando de Almeida é fundador da ADVS Brasil (www.advsbrasil.com.br), associada à ADVS França, voltada a consultoria e pesquisa em Inteligência Competitiva e Estratégia. É responsável pela Fuld, Gilad, Herring Academy of CI no Brasil, que ministra cursos e emite Certificação - CIP™ em Inteligência Competitiva nos EUA. É coordenador do MBA Inteligência Estratégica da Fipe

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Palestra gratuita via Web com Leonard Fuld

O Leonard Fuld da Academy of CI, parceira da ADVS Brasil irá fazer uma palestra via Web no dia 24 de fevereiro as 12h (horario de Boston). Vejam:

Como as atividades de inteligência competitiva tem se desenvolvido na sua empresa? Crises mundiais, turbulência, como sua área de inteligência tem se saido? Leonard Fuld, membro fundador da Academy of Competitive Intelligence, irá descrever neste Webcast as mudanças ocorridas na atividade de inteligência competitiva nos últimos 5 anos:

- Quais setores de indústria tem mostrado atividades de IC mais fortes ou mais fracos?

- O que evoluiu ou o que decaiu nos programas de IC nesses anos ?

- Infra-estrutura crítica de IC que sua empresa deveria avaliar ?

- O que o futuro promete para a atividade de inteligência competitiva nas grandes corporações?

Inscrições pelo site:

http://www.academyci.com/aci-bin/f.wk?aci.htwebinar.gen