sábado, 14 de agosto de 2010

Web 2.0, inteligência, conhecimento.... o que vem pela frente?

Na semana que passou o Prof. Luc Quonian da Universidade de Toulon fez uma palestra na Câmara Francesa onde falou sobre evolução do comportamento das pessoas e da Web 2.0. Destaca na sua palestra, o trabalho colaborativo. Entende-se que cada vez mais as pessoas dependerão das outras para criar, desenvolver seu trabalho de maneira colaborativa. Trabalho colaborativo e compartilhamento de conhecimento. Como diz Piere Levy ninguém sabe tudo e cada um sabe alguma coisa. A inteligência está em toda parte. Mas o que se dá conta é a mudança que se espera ver a partir da mudança de comportamento das novas gerações com a Web. As pessoas que nasceram na era Web cada vez aprofundam-se menos neste ou naquele assunto e surfam literalmente sobre os assuntos. Quoniam fala da geração digital. Chama de geração 1.0 quem nasceu depois de 1985 e de geração 2.0 quem nasceu depois de 1995, isto é, quem hoje tem 15 anos ou menos. Um estudo feito por Mark Prensky mostrou que essas gerações passam 250.000 h em emails, 10.000 falando no celular, 20.000 horas na televisao, 500.000 h em ecomerce e só 5000 horas lendo. Ou seja, uma grande mudança no conhecimento adquirido pelos indivíduos. Não será certamente mais o mesmo tipo de conhecimento estruturado que estão nos livros, mas o conhecimento adquirido nas midias. Mas a grande pergunta do Prof. Quoniam é então como o conhecimento hoje existente será transmitido para as gerações seguintes? Pois os professores usam as midias que não interessam aos alunos. Dão aula presencial e mandam eles lerem livros. O prof. Quoniam usa ferramentas colaborativas nas suas aulas. Do tipo google docs. Realmente dá possibilidades interessantes. Por exemplo assistir uma aula e registrar em grupo o que está sendo discutido. Colaborativo. Interagem as pessoas com seus conhecimentos, estruturam conjuntamente suas idéias, criam juntas. Trabalhos criados não a duas mãos, mas a 16 mãos. Cada um dá um pitaco. Simultaneamente criando conhecimento. Pessoalmente já tive experiências interessantes com ferramentas wiki com alunos do mestrado e doutorado. Artigos criados em conjunto dentro da ferramenta wiki. Os alunos tinham a possibilidade de olhar o trabalho dos colegas e opinar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Curso da Fuld, Gilad, Herring Academy of CI no Brasil

Estamos preparando o programa de cursos da Academy no Brasil, marcado para inicio de novembro. Estou bastante empolgado. A estrutura do curso é realmente diferente do que temos por aqui, uma boa parte baseada em metodologia de estudo de casos e de role playing de Harvard. É um estilo de aprendizado que força o participante a refletir sobre os conceitos que está aprendendo. O programa desta primeira parte, que diz respeito à Certificação CIP™ I (Competitive Intelligence Professional) é o seguinte:

Fundamentos – Nível CIP™ – I de certificação - São Paulo-novembro de 2010
1- Fontes de Inteligência e Técnicas de Coleta
1.1 – Comunicando IC para a alta administração
2 – Benchmarking Competitivo
3 – Pontos Cegos (Competitive Blindspots)
4 – Análise Cross-Competitor
5 – Criação e implantação de Operação de Inteligência de Classe Mundial

Os cursos avançados da Academy – Nível CIP™ – II de certificação serão oferecido apenas em Boston atualmente (novembro de 2010). Mas em breve estarão no Brasil.

O primeiro curso, ministrado pelo Edson Ito (Presidente SCIP Brasil) aborda as técnicas de obtenção de informação e inteligência em fontes de informação. O segundo também com ele, envolve técnicas de benchmarking. O terceiro curso discute sobre pontos cegos, pressupostos errados da empresa e como enfrentá-los. Discute também método de análise estratégica da concorrência. A análise cross-competitor é voltada para o acaompanhamento da concorrência onde eu tenho um grande número de concorrentes (mais do que 3 ou importantes). Eu ministro estes dois. E o último curso do módulo é ministrado pelo simpático professor Adrian Alvarez (não que os outros não sejam simpáticos), mas o Adrian é um argentino muito simpático responsável pela SCIP (Society of Competitive Intelligence Professionl) para a América Latina. Ele traz toda sua experiência e anos de trabalho com Leonard Fuld para discutir modelos e estruturação do processo de inteligência na empresa.

Os cursos foram criados pelos notórios Fuld, Gilad e Herring.

Os programas detalhados estão no site da ADVS Brasil (www.advsbrasil.com.br). Quem fizer todos os cursos do módulo 1 pode fazer a prova para obter o certificado CIP™ I da Academy.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Minha empresa está ou não preparada para tratamento de sinais fracos?

Essa foi uma das questões que coloquei no blog e em uma pequena pesquisa que fiz. A resposta das empresas respondentes, mostra que consideram não estar preparadas e portanto, não tem em andamento esta iniciativa na empresa. Esta questão foi bastante debatida em minha última aula no curso de pós, Administração de Informação e Inteligência da Empresa. Meu ponto, que coloco em discussão, é que não existe momento melhor para iniciar tal processo que não imediatamente. Não penso que exista uma preparação prévia para que as empresas comecem a tratar o assunto. Tratar de sinais fracos.

Discutimos sobre maturidade da empresa com relação a IC. Um participante do curso entendia que primeiro deve-se começar com um processo mais operacional de coleta de dados, de mapeamento do mercado, da concorrência, análises quantitativas e relatórios decorrentes para suprir a demanda que muitas vezes está latente na empresa ou insuficientemente suprida. Os executivos sentem que não tem informação suficiente do mercado. Vêem então uma área de IC como tábua de salvação para suas necessidades básicas de informação de mercado.

Isto quer dizer que o monitoramento de movimentos estratégicos no ambiente competitivo deve esperar, porque não está preparada para fazer agora? Ou deveria colocar isso como uma prioridade, para não ser surpreendida por movimentos do mercado? Se a empresa não tem um processo de inteligência antecipativa até hoje deve provavelmente ter sido surpreendida algumas vezes por movimentos seja da concorrência, do cliente ou outros que poderiam ter sido antecipados dentro de um processo estruturado. Tal tipo de processo é algo que se pode deixar para depois?

Na minha visão a empresa deveria dar prioridade a esses processos. Não é possível que uma media ou grande empresa já não tenha um mínimo de informação de mercado. Que ainda precise buscar estar mais preparada com relação a informações de como está o mercado hoje. Entender suficientemente sobre onde o concorrente se encontra e o que faz para então tentar entender como será o mercado amanhã (pode ser na semana que vem, o que já é tarde, é reativo), ou o que o corrente, cliente e outros agentes está preparando para fazer e gerará um impacto na atividade da empresa.

Então entendo que a empresa sempre está preparada para este tipo de processo. E nunca estará suficientemente suprida de informações de posicionamento atual do concorrente no mercado e não pode esperar que isso ocorra para se preocupar em analisar informações estratégicas e antecipativas.

Essa história de estar preparado para tratar sinais fracos, parece aquela do pessoal de informática que estava sempre querendo primeiro fazer um bom banco de dados, bem estruturado, bem organizado, para depois então começar a fornecer informação gerancial para o corpo executivo. Enquanto isso o mundo vai rodando e as oportunidades de tomada de decisão eficaz vão passando...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Cursos de Inteligência na Academy of Competitive Intelligence

Em abril e em junho tem uma série de cursos interessantes oferecidos pela Academy of Competitive Intelligence (http://www.academyci.com/Seminars/selector.html). Para quem puder ir até Boston, são cursos sem dúvida muito interessantes, com profissionais como Ben Gilad, Leonard Fuld e outros. Alguns dos cursos: Intelligence Sources, Competitive Benchmarking, Competitive Blindspots entre outros.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Curso de Inteligência na FEA

Em março começa a sexta edição do meu curso de Administração da Informação e Inteligência da Empresa na FEA/USP. São 15 aulas de 4 horas sobre o tema inteligência. Enfoque bem acadêmico. Discussão de textos e de conceitos.