quinta-feira, 24 de março de 2011

Palestra ministrada pela ADVS Brasil aborda Inteligência Estratégica

Encontro aconteceu no dia 22 de março, em São Paulo,

e teve mais de 70 pessoas presentes.

Antecipar movimentos da concorrência, avaliar estratégias de introdução de novos produtos, identificar oportunidades para avançar em novos mercados, esse é o objetivo da Inteligência Estratégica, utilizada pelas melhores empresas em todo o mundo para otimizar seus negócios. E para abordar o tema, a ADVS Brasil e a Academy of Competitive Intelligence, com o apoio da Fipe, realizaram uma palestra presencial gratuita no dia 22 de março, em São Paulo.

O encontro foi dividido em três partes. Na primeira foi discutida a coleta de informações em fontes primárias, falando sobre estratégias de obtenção da informação. Edson Ito, presidente da SCIP Brasil e especialista em coleta de informações em fontes humanas, falou sobre Inteligência Estratégica como um processo detalhado para obter e utilizar, da melhor forma possível, as informações mais relevantes sobre o mercado. O especialista explicou os ciclos de Inteligência e as algumas das formas de coleta em fontes humanas internas e externas e em fontes secundárias (como clipping e pesquisa na internet).

Na segunda parte do encontro, o assunto abordado foi a existência de diferentes modelos de Inteligência Competitiva e o que cada um pode trazer à empresa. Guillaume Sarrazin, consultor francês especialista em Inteligência Estratégica, esteve no Brasil somente essa semana e falou sobre os pilares metodológicos da Inteligência Estratégica, bem como sobre os diferentes processos para sua utilização. Sarrazim mostrou como monitorar o mercado e ao mesmo tempo proteger as informações das empresas, explicando as influências diretas de determinadas informações coletadas e como gerí-las da melhor forma. O consultor explicou também como devem ser utilizados os sinais fortes (reportagens, por exemplo), e especialmente, os sinais fracos (boatos, conversas informais) como forma de antecipar o concorrente.

Por último, teve a palavra Frédéric Donier. O especialista focou na Gestão da Mudança, falando sobre as diferenças entre a Gestão 1.0, aplicada até hoje em algumas empresas, e a Gestão 2.0, mais dinâmica, em rede, valorizando a autonomia dos funcionários e aceitando mudanças rápidas. Frédéric explicou que, atualmente, a complexidade do cotidiano de uma empresa tem que ser gerenciada com objetivo de preparar o futuro e que por isso a Inteligência Estratégica, gerando a antecipação dos movimentos do mercado, é tão importante. Para ele, hoje é necessário haver um processo de Inteligência Coletiva, abrangendo presente e futuro, contando com uma equipe extremamente colaborativa e uma liderança apropriada.


"A atividade de Inteligência Estratégica nas empresas tem aumentando consideravelmente nos últimos anos em função do aumento das pressões sobre as empresas, incertezas e do ambiente competitivo com níveis de turbulência crescentes. Por este motivo, a demanda por profissionais da área tem crescido, bem como seus salários”, explicou Fernando de Almeida, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA) e organizador da palestra. “Essa palestra visou discutir aspectos fundamentais da atividade abordando práticas de busca e análise de informação do ambiente competitivo."

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